Agronegócios
Como a indústria pode ajudar a melhorar e valorizar a imagem do agro?
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O empreendedorismo dos produtores rurais e a força das indústrias de alimentos, em conjunto, contribuem para reforçar a realidade do agronegócio. “Para criar vínculos com a sociedade, a forma de comunicação das indústrias deve ser clara, limpa e objetiva, sempre passando credibilidade por meio do poder que as mídias possuem”, reforça Bruno Blecher, jornalista especializado em agronegócio, que moderou o painel “Como a indústria pode ajudar a melhorar e valorizar a imagem do agro junto à população”, no 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, realizado pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).
“A imagem de uma empresa é criada por meio dos públicos distintos com os quais ela se relaciona, como, por exemplo, seus clientes, funcionários, fornecedores e demais públicos-alvo. A longo prazo, a visão de cada uma delas acaba gerando a identidade e a reputação de um local ou de um setor. Com o agro não poderia ser diferente. Ele depende das indústrias de alimentos para que a sociedade entenda como somos grandes e importantes para nutrir e gerar emprego e renda”, afirma Jorge Espanha, presidente da ABMRA.
Jean Louis Gallego, diretor Comercial e Marketing da Aryzta do Brasil Alimentos, informa que o Food Service é um dos exemplos do quanto o Agro atua no setor de alimentação fora do lar, colaborando positivamente para a imagem da cadeia produtiva. “É importante refletirmos sobre questões importantes, como tamanho dessa indústria, potencial de crescimento, empregos gerados e como a indústria de alimentação fora do lar pode diminuir o desperdício de alimentos, contribuindo, portanto, para uma imagem positiva da base de tudo: a produção. Sem o agro não existiria o sistema de Food Service”, diz.
O diretor comercial da Agropalma, André Luiz Gasparini, também comentou que as diretrizes das indústrias devem ser claras e objetivas, principalmente quando envolvem questões como desmatamento zero, geração da própria energia para processo industrial, biodiversidade etc. “Nosso óleo de palma, por exemplo, passa por um processo totalmente ligado à Agricultura 4.0. Realizamos desde o plantio de mudas até a extração do óleo, que permite a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, incluindo pequenos produtores e agricultura familiar”. Esse tipo de informação colabora para fortalecer a imagem e a reputação do agro no país e deve ser passada para os veículos de comunicação, redes sociais etc.
“Nosso modelo de negócio tem grande conexão com o agro e valorizamos muito isso”, conta Leonardo Lima, diretor de Desenvolvimento Sustentável Corporativo e Compromisso Social do McDonald’s. “Muitas pessoas não fazem ideia, mas o McDonalds é uma das maiores montadoras de produtos derivados do agro no planeta. Temos pão derivado do trigo, batata que passa por intenso processo de fabricação, além de ter implementado há anos um desenvolvimento totalmente sustentável. Essa rede complexa é vitoriosa e tem de ser cada vez mais explorada”, completa Leonardo.
Camille Lau, gerente de Marketing da Unilever, tocou num ponto importante: o desperdício de alimentos Ela apresentou um dado impressionante: 66 toneladas de alimentos são desperdiçadas por segundo no mundo. “Todos os elos da cadeia podem e devem ajudar na redução desse desperdício, incluindo o terceiro setor, as mídias, os restaurantes e a indústria, já que 54% desses alimentos se perdem no processo de produção e 46% são perdidos durante o consumo”, informa Camila. Ela diz que o mundo está passando por uma das maiores revoluções alimentares da história.
“Nosso pensamento em cadeia permitiu chegarmos em um dos objetivos do 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, que é abordar a imagem e a participação da indústria de alimentos no agro. Acredito também que a proximidade com o consumidor é uma das questões que mais fortalece a relação das nossas marcas, valores e reputação. Mas podemos fazer muito mais e faremos. É preciso unir toda a cadeia produtiva e criar uma narrativa contundente, capaz de gerar admiração e empatia da população urbana pelo campo, de onde provém o nosso alimento e as matérias-primas para dezenas de setores.”, conclui Ricardo Nicodemos, vice-presidente da ABMRA e coordenador do Congresso.
Para assistir ao Congresso de Marketing Agro ABMRA na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=12gH1xkHV64
Assessoria